Fala do Malmequer
Malmequer às vezes digo
Ao Romeu, por arrelia,
Que, de resto, eu sou amigo
Da verdade, crua e fria.
Ama-o, -sei; porque é comigo
Que a Julieta cicia
Confidências, num abrigo
De Silêncio e Fidalguia.
E, quando ela me procura,
Diz assim minha brancura:
Bem-me-quer (seja! a contento!)
E o estame ao ver o escabelo
Das pét’las, só, amarelo,
Não acredita, escarnento.
Vitorino Nemésio
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