Novas regras!

Infelizmente, todos os anos, há muitos livros que se extraviam, por os utentes da biblioteca não os devolverem. Apesar de todos os esforços que têm sido feitos para os recuperar, muitos continuam desaparecidos.
Para combater esta situação, e para preservar o espólio da biblioteca, decidiu-se, com a aprovação do Conselho Pedagógico, aplicar sansões a quem não entregar os livros dentro dos prazos. Assim, quem não respeitar as datas de entrega de livros, ou outro material requisitado, pagará os seguintes valores:

       5 euros - atrasos de um mês
       10 euros - atrasos de dois meses

Os livros da biblioteca são de todos nós. Vamos preservá-los!

                                Imagem retirada daqui.

Livros novos!

Acabámos de receber quatro novos títulos:





Recebemos, ainda, mais um exemplar deste dicionário de Inglês.

Dirige-te à biblioteca e procura-os. Boas leituras!

O livro da minha vida, por Elsa Sousa



O livro da minha vida? Confesso que tive a tentação de quebrar o que me foi proposto e falar sobre vários livros, pois sempre representaram bons momentos de uma deliciosa ausência e de um crescimento pessoal, independentemente do seu género e da idade com que os li. O universo literário torna a escolha de um só livro... impiedosa! Felizmente!!
Escolho a estória de WutheringHeights, de Emily Bronte. Não por ter sido até hoje o livro que mais me impressionou, mas por me ter introduzido numa literatura profunda, apaixonante, capaz de mexer com o meu estado de espírito e, por consequência, a capacidade e o interesse pela leitura futura de outras magníficas obras.
Imaginem o estado de espírito de uma jovem com 17 anos, cuja adolescência se assemelhava, do seu ponto de vista, a um calvário de injustiças e inseguranças e que, pela primeira vez, folheia com perplexidade e crescente curiosidade uma narrativa de cenário obscuro situado na Inglaterra, numa casa sombria, habitada por uma família que abriga um menino cigano, de origem duvidosa, portanto. É ele, Heathcliff, personagem principal, que, tornado adulto, desencadeia o desenrolar tumultuoso de acontecimentos gerados pela obsessão sentimental que nutre por Catherine, uma bela jovem que conhece desde a sua infância como irmã adotiva e de quem se torna inseparável.
A fatalidade nesta estória é inevitável, mas para chegar até ela, o leitor mergulha num universo poderoso do inesperado, de introspeção, de dúvida, paixão, dor e até de constante contradição e inquietude – mais presente no nosso espírito do que gostaríamos de admitir.
Será talvez interessante referir que Emily Bronte, ainda muito jovem,revela, nesta obra, o que os críticos consideram, uma maturidade e uma mestria na escrita invulgares, apenas reconhecidas anos após a sua morte.
Recomendo a sua leitura, pois é, sem dúvida, uma das obras mais marcantes do Romantismo no seu melhor.

Elsa Sousa, Professora de Inglês e Coordenadora do Departamento de Línguas